O Espírito de Natal

19-11-2019

"O Espírito do Natal é um ser de grande, grande luz e evolução Búdica. Venho, então, anunciar-vos esta Presença do Todo-Poderoso indiviso, na individualidade da chama de Deus."

Aquele que é conhecido como Espírito do Natal vem, então, para falar-vos do nascimento de Jesus Cristo, tendo como fundo a hora de maior treva do ano. O anúncio da aparição da sua estrela no solstício do Inverno é um grande drama do cosmos; e está aqui para nos ensinar que, na mais negra hora da ânsia humana, surge a estrela da esperança e o nascimento do Salvador.

Eu entro no Espírito de Natal para que possais entender que é, totalmente, possível a mais de um filho de Deus participar numa função sagrada, coocupar o intento divino sobre o ramo que é curvado, no exato ponto focal de um quartzo de cristal que envolve um mundo com um destino ígneo. Amados corações, venho, assim, como Espírito do Natal enquanto podeis antecipar a vinda daquele que é conhecido como Pai Natal.

Lembrai-vos do coração de uma criança - a vossa criança, vós mesmos - pensando na chegada do Pai Natal e como ele entraria em casa, e como lhe deixaríeis bolos e leite e talvez qualquer coisa para as renas. Lembrai-vos como, numa crença total, porque os vossos pais vos disseram, entráveis naquele Espírito do Pai Natal. E lembrai-vos do desapontamento quando descobríeis que o Pai Natal não era real.

Mas isso não é verdade. O Pai Natal é real. E estou aqui para vos dizer que o próprio Pai Natal é o típico recetáculo do Espírito do Natal, aquele que encarna a própria Presença na qual eu entrei.

Está errado dizer às crianças que o Pai Natal não é real. Está correto explicar, às crianças, que o Espírito do Natal é mesmo uma pessoa - uma pessoal tornada real em Deus, uma pessoa que é um ser cósmico, que enche os corações das pessoas com a antecipação da maior prenda de todas, o dom da Cristicidade pessoal.

Essas coisas que trazem deleite às crianças, amados corações - jogos e brinquedos e coisas várias - as prendas dadas à criança de todo o coração, originalmente, tiveram a intenção de enaltecer a perceção, pela criança, da Pessoa do Cristo. Quando pensamos nas prendas que hoje em dias são dadas às crianças, compreendei que algumas prendas ajudam o indivíduo na obtenção de um grande sentido de identidade, enquanto outros adornam a personalidade exterior e tendem a criar mais maya e idolatria. E, assim, ao dar muita importância e atenção ao eu exterior, o indivíduo perde a maior oportunidade do momento de, verdadeiramente, entrar no coração desse ser cósmico conhecido como Espírito de Natal.

Assim, amados, entendei que esse Espírito encarna a consciência coletiva da Cristicidade de todo o Espírito da Grande Fraternidade Branca - de todos os seres ascensos e anjos e mestres, hostes cósmicas do Senhor, que é esse Cristo. Compreendamos, então, que em todos os símbolos há realidade, que nos arquétipos há o padrão original da imagem, tornada perfeita, a partir do Cristo, e no próprio Pai Natal.

Eu entro neste Espírito para abençoar muitos dos que ainda não contactaram com a nossa palavra, o nosso amor ou a nossa mensagem. Eu sei que podeis entender e partilhar comigo num certo sentimento de um desejo incrementado, um desejo e intenção ígneos de contatar milhões de almas que, verdadeiramente, têm propensão para a Luz, mas que precisam daquela receita especial, aquela compreensão e ensinamento especiais, a ajuda visual, o descobrir da verdade.

Sabeis muito bem como diferem os gostos das pessoas de todo o mundo, e assim, os pratos de muitas nações têm um sabor peculiar - uma forma peculiar de comer. Então, as pessoas desses países, de todos os cantos do mundo, têm grandes diferenças de paladar.

(...) Entrai agora no Espírito de Natal e sede-o. Sede-o nas bênçãos de cada dia do ano. Bênçãos plenas e não sem contentamento. Sede o Espírito de Natal, e vede quanto o Espírito de Natal deseja ser vós. E, então, compreendei que, em todos esses anos em que ansiastes pela vinda do Pai Natal, o Pai Natal ansiou vir até vós, desejou ser um convosco, adorou a luz do Cristo no vosso coração, sentiu-se como um gnomo servo - o chefe dos gnomos - na adoração da Criança recém-nascida.

O Pai Natal, então, vem como servo da Luz e como chela do Cristo que é o Filho Varão. Ele pode ser uma versão moderna dos Três Reis Magos trazendo os presentes de antigamente - elementais sábios que compreendem, não importando as manifestações exteriores, que a celebração do nascimento de Jesus Cristo tem que ser que cada membro do reino elemental traz uma prenda para um filho de Deus.

Isto é o ritual dos elementais, amados corações. É um ritual espantoso ver como esses elementais vêm ao pé da cama de cada criança que espera com expetativa. Trazem brinquedinhos que fizeram, casinhas que construíram com casacas de nozes, juntando coisas da floresta e usando técnicas espantosas para recriar as formas e as figuras de Hans e Gretel.

Ternos corações são os elementais. E, obviamente, eles são saudados pelas criancinhas nos seus corpos subtis com tanta alegria. Verdadeiramente, esta é a alegria do Natal, quando as doces crianças podem interagir livremente com os elementais, e os elementais podem conhecer o verdadeiro louvor do Cristo e a esperança de que, também, se podem tornar nesse Cristo.

A esperança da vida elemental permanece este ano - esperança em vós, amados. E a sua esperança da vida imortal permanece ligada à vossa vitória, amados, à vossa mestria Divina, e à vossa Cristicidade.

Assim, o Pai Natal é aquele que grandemente atrai a atenção de toda a vida elemental em cada Natal, vindo, portanto, com esse piscar dos elfos e esse ar brincalhão para magnetizar a atenção das crianças, à medida que elas canalizam o amor dos seus corações para a bênção desses servos do fogo, do ar, da água e da terra.

Eu convoco, portanto, toda a vida elemental, para o coração do Buda e da Mãe."

Pérola de Sabedora, nº 25, vol. 58 de 24 de dezembro de 1982, Lanello

Texto com supressões